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O ser humano vive determinado a
“encaixar-se” aos padrões. Uma busca que tende sempre a nos levar a conflitos,
afinal, seriam os padrões algo extremamente relativo, pois distinguem-se de
acordo com credo, raça,nacionalidade,etnia, conceitos, e opiniões.Padrões
definidos pelo “meio” no qual estamos inseridos, onde o que se é bonito ou
feio, agradável ou desagradável, bom ou ruim,certo ou errado, necessário ou
desnecessário, nos é estabelecidos. E é quando estabelecemos nossos padrões,
juntamente, aparece nossa tendência humana do JULGAR.
Olhar ao nosso redor e estabelecer que
nossos padrões e crenças devem ser os únicos reflexos, pois são os que
determinamos ser os corretos, nos leva a um estado cômodo para julgar e
automaticamente condenar,a quem estamos julgando.
A Bíblia, nosso manual de vida, que é a
palavra de Deus, viva e eficaz para nós, diz em Mateus 7 verso 1: “Não
julgueis, para que não sejais julgados”, e prossegue em seu verso 2 , nos
alertando que “ Com o
juízo com que julgais, sereis julgados; e com a medida com que medis vos
medirão a vós.” ou seja, nos traz claramente a demonstração que o Julgamento
atrai julgamento, o tanto quanto julgamos, apontamos os erros,defeitos do nosso
próximo, seremos também nós, apontados,julgados.
O mesmo capítulo, continuando por seus versos 3 á 5, chegamos ao ponto
crucial de toda essa exortação, quando nos diz no verso 3, “por que vês o argueiro no olho do teu
irmão, e não reparas na trave que está no teu olho?”, Jesus, emprega este fato, como uma imagem
para exemplificação daquilo que quer nos mostrar. Uma pessoa está sofrendo por
causa de um cisco no olho, quando vem a outra oferecendo tirá-lo. Só que a
outra, o juiz hipócrita, tem uma viga no olho, o que nos remete ao fato de
olharmos tanto ao próximo, e esquecermos de nos auto-avaliar, ou seja, estamos
mais preocupados em enxergar no próximo do que em nós mesmos, o que é
necessário ser mudado.
Temos investido tempo de nossas vidas para criticar, sempre à procura
de uma falha alheia como alvo. E o que torna a situação pior, é que criticar
sozinhos, parece não ser suficiente, o que nos fazem atrair outros a serem
críticos e participarem conosco de nossos discursos considerados “totalmente
corretos e de visão”. Por trás,estão nossas vidas necessitando de inúmeros “reparos”,
que acabam ficando invisíveis e insignificantes para nós, diante do que vemos
na vida do próximo. Lamentável.
Devemos ser conscientes
que, sermos prudentes, sabermos discernir entre certo e o errado, andarmos
segundo o que nos é estabelecido pela palavra de Deus, e querermos trazer essa
realidade as pessoas com intuito de ajudá-las,
não tem condenação da parte do Pai, pelo contrário, Ele mesmo, no
decorrer de Mateus 7 nos remete a tal. Mais o ato de Julgar, já condenando, é
totalmente abominável para Deus, que é o único que tem autonomia para tal, e
que ao contrário utiliza muito mais do seu amor para com seus, do que
julgamentos.
Estejamos nós, dispostos a olharmos para nós,
para nossas traves nos olhos, para retirarmos, ao invés de ficarmos apontando
os ciscos nos olhos dos nossos irmãos, há em nós, muito a ser moldado,
transformado por Deus, para que sejamos unicamente usados como canais de benção.
Bruna Machado Bahiense